Você já ouviu falar em Baby Blues?

É bem provável que alguma vez você já tenha escutado falar em Baby Blues. Mas se você nunca ouviu esse termo vou fazer um breve resumo. Baby Blues ou Blues Pós Parto é um estado de tristeza que ocorre no puerpério, quando há queda de hormônios, aqueles que adquirimos quando engravidamos e que tudo fica ótimo. A mulher sente um empoderamento na gravidez e com razão, afinal ela está gerando um ser humano. O cabelo e a pele ficam lindos, aquela vontade de mostrar o barrigão a toda hora. Pois bem, eu preciso te contar que após dar à luz algumas coisas ocorrem não tão favoráveis para nós mamães. 

O baby Blues é um deles, acometendo 80% das mulheres após o nascimento do bebê. O estado emocional da mãe fica abalado, a pressão de ter uma nova vida para cuidar e que depende dela totalmente, pode gerar essa tristeza. O Baby Blues dura em média 15 dias. É algo extremamente comum e bem diferente de depressão pós parto.

Eu não vou me aprofundar em temas mais complexos, pois neste caso precisaria ser um especialista na área para poder falar sobre. Vou apenas compartilhar minha experiência com vocês para que não se sintam sozinhas nesse momento tão intenso e que muitas vezes não estamos preparadas.

Sintomas de Baby Blues ou Blues pós parto

  • Humor deprimido
  • Ansiedade e irritabilidade
  • Alteração de sono e de apetite
  • Perda de capacidade de sentir prazer
  • Cansaço e desânimo intenso
  • Dificuldade em se concentrar
  • Sentimento de culpa
  • Sentimento de inutilidade

Paraquem gosta de leitura e quer entender um pouco mais sobre o Baby Blues, segue uma dica de um livro bem interessante:

“60 Dias de Neblina” (Autora Rafaela Carvalho)

Conheça minha história que pode te ajudar a reconhecer esse momento e entender que você não está sozinha!

Compartilhando minha experiência com o Baby Blues

“Quando chegamos em casa com a nossa bebê, Alice, estávamos felizes e com um sentimento de gratidão. Mas também não dava para assimilar e apreciar muito tudo aquilo, porque um bebê requer cuidados a toda hora. São tantas as preocupações: dar o mamar, trocar fralda, banho e sonecas, basicamente a vida de um recém nascido é isso. E a sua é viver em função disso, com pouco tempo para se alimentar e dormir e com sorte conseguir tomar um banho ao longo do dia. Éramos nós três: mamãe, papai e bebê. Eu mãe de primeira viagem tive a sorte do pai ser de segunda e me dar total ajuda naquele início. Além de me ensinar e me ajudar 100% dividindo os cuidados do bebê, o que acho totalmente justo, principalmente nessa fase inicial.

Além do cansaço físico que eu sentia por não estar dormindo direito mais, eu também senti nos primeiros dias uma forte dor no corte da cesária. Eu estava tomando medicamentos mas era uma dor horrível que me impedia de me levantar sozinha. Precisava de ajuda. Então o cenário era esse: uma recém mãe, um recém nascido, dores, tarefas e cuidados o tempo inteiro com aquele serzinho que acabara de chegar. E as emoções à flor da pele. Era uma mistura muito grande de sentimentos: felicidade, ansiedade, insegurança e de repente tristeza também, uma vontade de  chorar do nada, sem motivo, mas não era infelicidade era algo mais forte que eu não sabia descrever muito bem, mas quando senti sabia que se tratava do Baby Blues. Me lembro de uma canção orquestrada do “Nana Nenê” que a gente colocava para ela dormir e que não posso ouvir até hoje, senão choro. E sem falar no sentimento de amor e gratidão que crescia absurdo dentro de mim pelo bebê e pelo meu companheiro, aquela figura paterna tão importante me ajudando com a nossa filha e sendo o alicerce da família.

Enfim, a verdade é que um milhão de sentimentos se instalaram em mim desde a descoberta da gravidez. E eles permanecem até hoje, de uma forma diferente. Talvez menos intensos, guardadinhos, mas ali dentro. Porque a partir do momento que você se torna mãe, sua vida se renova, se transforma e você também. Foi o que aconteceu nos dias que foram passando. A rotina se estabilizou, o Baby Blues durou 15 dias cravados e eu nunca mais fui a mesma pessoa do dia em que cheguei em casa com minha bebezinha no colo. Estamos caminhando para o oitavo mês com muitas descobertas, aprendizados e muito amor, claro”.

E sigo compartilhando minhas experiências com vocês. Compartilhe a sua também, vou adorar conhecer sua história!

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